MELHORAR O MUNDO



 Ultimamente acho que todos nós temos percebido que o mundo está cada dia pior...não é pessimismo,é realidade.As pessoas estão enlouquecendo,a maldade vem aflorando em todos os cantos a cada dia,não bastassem as catástrofes naturais.
 Venho percebendo que todos,e me incluo,andam estressados,apressados e qualquer coisinha já é motivo para aborrecimento.
 Pestes,doenças físicas e psiquiátricas se multiplicando.Problemas emocionais sérios,sequelando pessoas e famílias.Perdeu-se o respeito com os seres humanos,com os animais e com a natureza.Alguém aguenta assistir a um noticiário policial por muito tempo sem entrar numa profunda tristeza?Eu não aguento,tenho procurado até evitar assistir tudo isso e embora tenhamos que estar que estar cientes do que acontece no mundo,prefiro não me martirizar.
 Parece estar impossível mudar o mundo e às vezes chego até a olhar para a minha filha e pensar:"Nossa...em que mundo eu te coloquei???",mas aí vem o conforto de saber que em nós humanos não está o poder de decidir quem vem para este mundo ou não.Tudo está nas mãos de um Deus soberano,pois como escreveu Rick Warren:"Ninguém está aqui por acidente."
 Diante de todos estes pensamentos pairando a minha mente,deparei-me com uma palavra que dizia:"Se você quiser mudar o mundo,faça um círculo ao seu redor e comece mudando a pessoa que está dentro dele".Parece utopia???Temos que ser tolerante com os erros e fazer vista grossa para as coisas erradas???Não é bem isso.É que já virou até um jargão dizer por aí que cada um deve fazer a sua parte,mas de fato ninguém o faz...
 Passei recentemente por uma situação um tanto quanto complexa ao presenciar um conflito entre minha filha e outra criança,e por tratar-se de algo muito novo para mim,fiquei um pouco desconcertada.(Conforme já disse em uma postagem anterior"Dói mais em mim",mães humanas têm o mesmo instinto de ursas e leoas no que diz respeito a proteger a sua prole).Neste conflito,minha filha fora a parte ofendida da história que ocorreu durante uma festinha de crianças.O pai da outra criança  a corrigiu e no mesmo dia,a mãe da criança veio falar comigo e eu disse que tratavam-se de crianças e que ficaria tudo bem,mas é claro que fiquei triste e meu semblante dizia isso claramente.
 Apesar disso,com o passar dos dias permaneci ainda com o coração dolorido,mas sem ressentimentos em relação às pessoas e sim preocupada com a situação. Percebi porém, que embora tudo parecesse ter sido resolvido na própria festa, a família da criança envolvida nos fatos estava claramente ofendida com a minha família,talvez pela cara de dissabor que fiz na festa.
Tenho consciência que poderia ter sido o contrário,a minha filha ter agredido outra criança como outrora já empurrou um priminho.Na ocasião também tratei de corrigi-la imediatamente olhando-a frente a frente e falando seriamente para que ela nunca mais o fizesse.
 Lembrei-me então do fato de fazermos a nossa parte e de pedirmos perdão mesmo quando somos também ofendidos.O problema é que sempre temos a impressão que pedir perdão é humilhar-se e é preciso vencer o orgulho para tomar a atitude.Decidi ir à casa dessa pessoa,levar-lhe um presente de aniversário e pedir perdão por algo...pelo meu semblante após o conflito, pela insatisfação que eu não soube esconder e tudo mais.Confesso que após isso não me senti  humilhada nem inferiorizada,pelo contrário experimentei uma sensação boa, de dever cumprido e tirei um grande peso das minhas costas,independente de a pessoa continuar magoada comigo ou não.Não foi tão fácil a princípio,mas não me arrependo e faria novamente.
  Entendi então o mudar o mundo,o perdoar para ser perdoado,decidindo começar por mim.
  Acho que o mundo já anda muito complicado para complicarmos ainda mais e termos inimizades e o que as pessoas estão mais precisando nestes tempos de "guerra" é de amor.
  Não sou melhor que os outros,sou uma aprendiz e aprendi com esta situação.
    
  

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