COQUELUCHE

  Alguns anos de formada trazem um pouco de experiência,mas na vida de um médico cada dia é um dia e aprendemos todos os dias.
 Recentemente tenho visto vários casos confirmados de uma doença chamada"Coqueluche" e percebo que pouco se fala a respeito.Tão pouco se fala que há uns meses,tendo um caso confirmado no hospital escola onde trabalho,decidi apresentar tal caso para os alunos do quarto ano da faculdade e achei interessante o fato de muitos deles ficarem surpresos,achando que pelo fato de ser uma doença para a qual existe vacina seria uma doença erradicada.Não é.
 A coqueluche é uma doença caracterizada por uma tosse "comprida" que medicamente chamamos de tosse paroxística a qual tem períodos de acalmia alternando com períodos de tosse importante chegando até a dar vômitos e perda de fôlego dependendo da intensidade da tosse.O paciente pode chegar até a ficar com os lábios roxos e em casos mais graves apresentar hemorragias devido à força feita para tossir.Pode ter febre acompanhando o quadro ou não.É causada por uma bactéria e prevenível por vacinas que começam a ser dadas a bebês aos dois meses de idade com reforços de dose após.Antes desta idade,os bebês estão desprotegidos e sujeitos a pegar a doença quando em contato com um adulto portador da mesma,cuja vacina já pode ter vencido.Adultos têm quadros mais frustros e ocorrem uma vez que a proteção da vacina normalmente dura de 5 a 10 anos.Nos bebês a doença pode ser até fatal,como vi um caso recentemente.
 A melhor forma de prevenção é a vacinação e pessoas acometidas pela doença devem ser tratadas por médicos pois há medicamentos que impedem que a mesma seja transmitida.
 Quanto aos bebês pequenos não vacinados,vale a orientação sempre dada pelos pediatras para todas as mães com bebês nos primeiros meses de vida como evitar aglomerações,tentar não expor muito bebês muito novos e muitas vezes até ser um pouco indelicado ao recusar visitas doentes,em especial com tosse e caso isso seja inevitável,não deixar que o bebê tenha contato muito íntimo com tais pessoas.


Referências:http://www.infectologia.org.br/publicoleigo/default.asp?siteAcao=mostraPagina&paginaId=9&acao=guia2&guiaId=3
                         http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?655