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Mostrando postagens de março, 2011

AMIGUINHO ESPECIAL

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     Tenho ótimas lembranças da minha infância,dentre elas posso relatar a minha experiência de ter tido um amiguinho muito especial,o Serginho.    Nascido como filho caçula de uma família maravilhosa:duas irmãs mais velhas e o Serginho temporão,como eu.Portador de Síndrome de Down,sempre alegre e animado.Pude desfrutar de bons momentos com ele.Dividíamos brinquedos,curtíamos muitas coisas juntos e eu sempre soube que ela era especial,apesar de não saber detalhes a respeito.   Sempre achei admirável o carinho e o cuidado que sua família sempre teve com ele.Escutava da minha casa quando seu pai chegava do trabalho,talvez cansado, jogava bola no quintal com ele por um longo tempo.Sua mãe,Sra. Alícia era uma cozinheira sem igual.Quando chegava a Páscoa,ela fazia ovos caseiros cujo sabor eu nunca vou esquecer,ficávamos ansiosos por degustar a delícia.    Admirável também a força de vontade do Serginho,certamente estimulada por sua família.Ao tornar-se adulto foi trabalhar.Ia e voltava d

ADAPTAÇÃO NA ESCOLA

  Cada dia é um dia na rotina de um ser humano...quem dirá de um pequeno ser aprendendo a viver,com coisas novas a cada dia!!!   No final de janeiro deste ano,escrevi algo sobre início na escola e foi muito curioso ver como é uma adaptação de criança à escola.Na primeira semana relatei como foi rápida a adaptação dela em sua escola,mas na verdade o processo estava apenas começando.   Ao ver como ela estava bem na escola fiquei surpresa.Desanimei um pouco  porém, quando a coordenadora me disse que muitas crianças ficam bem na primeira semana,mas estranham na segunda.Dito e feito...nada como ouvir quem tem experiência no assunto.Iniciada a segunda semana,a Rafaela começou a estranhar um pouco,de forma a chorar no momento em que eu a deixava na escola.Um certo dia acabei por ficar por um tempo mais prolongado na sala de aula pois uma vez que ela agarrou em mim chorando,não tive coragem de deixá-la.Simultaneamente um pai deixou seu filho chorando,na mesma situação em que estava minha fil

PONHA A MÁSCARA PRIMEIRAMENTE EM VOCÊ

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   As doenças respiratórias começam aparecer com mais frequencia nesta época do ano,acompanhando a chegada do outono.Vários trabalhos na área comprovam que a poluição atmosférica e a chegada do frio contribuem muito para isso.Nesta época,os pronto-socorros ficam cheios,os hospitais com suas enfermarias e UTIs lotadas de pacientes internados,vagas escassas.   Começam a aparecer inúmeros casos de pneumonia,bronquiolite,gripes e até doenças infecciosas não relacionadas ao trato respiratório.   Neste ano estas doenças estão chegando cedo... até na minha casa!!!   Estamos passando dias,isto é,noites bem difíceis com tosse,espirro,dor de garganta e até febre.Estou relatando no plural pois estou falando de mim e da minha filha Rafaela.Noites sem dormir de novo.(Chego à conclusão que nunca mais dormirei como dormia antes de ser mãe).Duas doentes,quem cuida de quem??? Eu cuido dela,certamente.   Senti um pouco de saudade de ser filha.Quando adoecia,mamãe fazia um delicioso chá com

DÓI MAIS EM MIM!!!

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  Tenho experimentado uma sensação estranha recentemente,pois com o passar dos dias,minha filha passa a ter,embora ainda bem pouco,a sua vida social.   É muito estranho ver o meu "bebê" se relacionar,disputar espaço, brinquedos,etc.Acho que há dentro de toda mãe o instinto das ursas,das leoas,das onças que lutam pela sua prole e que quer criar um halo de proteção ao redor de seus filhotes,colocá-los numa redoma de vidro e dizer:"Ninguém toca!!!"Porém o mundo não é bem assim.     Bem difícil aceitar esta fase em que as crianças, seja na escola,em festinhas,ou em qualquer lugar, começam a defender o que é seu.Não sabem dividir ainda...e isso gera conflitos.É difícil não interferir,mas é preciso deixar as crianças se entenderem e aprender a se defender sem ser agressiva.   Semana passada,estive na escola da Rafaela,conversando com a Coordenadora pedagógica para tentar aprender a lidar melhor com situações tão novas como esta,e recebi algumas orientações que me co

MORTE SÚBITA

   Acidentes na infância é um assunto pelo qual me interesso bastante,talvez por trabalhar no SAMU e por trabalhar também em um hospital onde às vezes internamos pacientes vítimas de acidentes e até sequelados por esses.   Talvez por este motivo,periodicamente sou convidada a falar sobre este assunto,seja para profissionais da área,seja para leigos e muito me espanta ver que há pessoas com muito acesso a informações que nunca ouviram falar de "Síndrome de morte súbita do lactente(SMSL)" e espantam-se quando eu falo a respeito.Por isso decidi escrever algo a respeito.   A SMSL,como o nome já diz é a morte súbita de um lactente e ocorre tipicamente entre 1 mês e um 1 ano de idade, de forma inesperada e cujas outras causas são descartadas,até em dados de exame"potmortem"(autópsia).   Acredita-se que o mecanismo ocorra por uma asfixia por reinalação do ar expirado causando diminuição de oxigênio e aumento de gás carbônico no sangue.   Estatisticamente ,ocorre mais e