SEM FRALDAS

 



 Todo dia é uma novidade na vida de uma pessoa,em especial na vida de uma mãe.Cada dia,cada semana,cada mês tem algo novo em pauta.
  Uma fase que estou passando agora é a de retirada das fraldas da Rafaela.Fase complicadinha,posso dizer...
  Decidi recorrer aos meus livros,para ver se o que estou passando na prática coincide com aquilo o que está nos livros.Nunca tive problemas em orientar mamães neste sentido e na verdade,a minha experiência não difere muito daquilo o que tenho ouvido ao longo dos anos através de outras mães,mas estudar novamente a respeito sempre é bom.
  Consultei primeiramente um "Tratado de Pediatria" que possui quase 2.500 páginas.Isso mesmo,2.500!!!Procurando no índice alfabético ao final do livro,tentei várias de formas encontrar algo a respeito,como:retirada de fraldas, enurese,controle de esfíncter,etc.Não encontrei porém qualquer alusão ao assunto.Fui até a parte de puericultura,desenvolvimento neuro-psico-motor,nefrologia,etc sem sucesso.Apelei a um manual de pediatria ambulatorial...nada.Outros livros,sem sucesso.Entrei na internet então procurando artigos para leigos e artigos científicos,onde encontrei algumas coisas que colocarei abaixo como "link".Será algo tão banal que dispensa colocar como assunto de livro???Há outros assuntos que na prática nem são tão úteis mas estão publicados em vários locais.
  Bem,a minha experiência vem ocorrendo da seguinte forma:optei pela retirada de fraldas da Rafaela a partir do momento em que ela começou a se comunicar bem e perceber o que é fazer "xixi" e fazer "cocô" e relatar várias vezes tais fatos a mim.O processo começou em janeiro deste ano,antes do início das aulas, julgando eu que em casa seria mais fácil de controlar as coisas, pois estando por perto,não haveria tanto problema em trocar tantas mudas de roupa.Ao colocá-la na escola,deu-se início uma fase de adaptação(já descrita anteriormente) e tudo mais.Achei então que seriam muitas novidades simultâneas,muitas crianças na sala de aula,a dificuldade com os escapes, e isso me fez retroceder com o processo,mesmo achando que o retrocesso não é uma coisa  legal.
  No último feriado de abril, decidi tentar novamente e percebi que seria o momento pois ela mesma já estava querendo colocar calcinhas e recusando as fraldas.Achei oportuno, afinal estaríamos de perto durante quatro dias.E assim as coisas começaram a evoluir.Após o "sucesso"do feriado,conversei na escola entrando em acordo com as educadoras,optando por começar enviá-la para a escola  sem fraldas (apenas deixei uma reserva de fraldas bem no fundo da mochila para caso "a coisa fique feia" possam utilizá-las,mas até agora não foram  necessárias...uff).Segundo as professoras,poucos escapes.O fato de vários coleguinhas da classe estarem passando pela mesma fase e a vasta experiência das professoras e auxiliares tem contribuído bastante.
  Em casa e em lugares de passeio,a cada meia hora tem sido necessário levá-la ao banheiro.Fraldas de transição ou treino,tipo "Pull-ups" são bem úteis para passeios mais longos e viagens,mesmo porque elas dão a impressão de a criança estar de calcinha/cuecas.Algumas vezes ,porém se acontece de ela se empolgar em alguma brincadeira,o que não é raro, e nós adultos porventura esquecermos de levá-la...escapa com certeza,o que é mais do que esperado.
  Tenho tentado agir naturalmente,sem estresse.Já tenho até um localzinho em que me sento em seu banheiro para aguardar a fisiologia do corpo agir.Colocamos  um(estratégico) adaptador de "Princesas",além de um local para ela apoiar os pezinhos e várias estratégias para que ela veja tudo como natural.Eu a levo ao banheiro comigo para ela ver que eu também faço igual a ela.Quando amiguinhas maiores vêm em casa também "compartilham seus momentos miccionais".
  Ela acha o máximo o fato de ela mesma apertar a descarga e fazer sua higiene (que depois refaço sem constrangê-la) e assim,as coisas vão caminhando bem.
  Tapetes e piso sujos de vez em quando,o que tento encarar com naturalidade,sem fazer terror pelos desacertos.Calcinhas de personagens têm sido bem válidas,de forma que ela escolhe os personagens todos os dias.Mais tarde,alguns personagens no tanque tomando banho após o "banho de xixi".Às vezes dá vontade de desistir,mas por que o faria se tudo isso está dentro da normalidade?Toda fase afinal tem as suas dificuldades e os seus encantos,
não é? Desta vez quero ser mais persistente.






LINKS:
http://guiadobebe.uol.com.br/bb2a3/quando_retirar_as_fraldas.htm
http://brasil.babycenter.com/toddler/tirar-fralda/
http://www.e-familynet.com/artigos/articles.php?article=93
http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI1311-15152,00.html
http://www.saudevidaonline.com.br/artigo32.htm
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572008000600013&lang=pt(ARTIGO CIENTÍFICO)
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572008000100004&lang=pt(ARTIGO CIENTÍFICO-Destaque do texto interessante:Resultado da falta de avaliação e do desinteresse dos pediatras pelo assunto, os métodos de treinamento não são muito utilizados, sendo que cada mãe tende a seguir orientações fornecidas por pessoas com influência sobre ela, como parentes e amigos, ou mesmo o entendimento próprio sobre o assunto, adquirido ao longo da experiência de vida.
http://www.healthychildren.org/English/bookstore/pages/Guide-to-Toilet-Training.aspx?nfstatus=401&nftoken=00000000-0000-0000-0000-000000000000&nfstatusdescription=ERROR%3a+No+local+token

Comentários

  1. Oi Ana Flavia! adorei seu post! me identifiquei, pois sempre tive dificuldade em achar "literatura" sobre como tirar as fraldas! no fim, oriento as mães pela experiência prática mesmo, sem muitos manuais...
    mas eu li um capítulo muito interessante sobre o "controle natural dos esfícteres e o autoritarismo dos adultos" no livro " a maternidade e op encontro com a própria sombra" da psicanalista argentina Laura Gutman! adorei a sugestão de respeitarmos mais o ritmo das crianças - aliás, o livro todo é um divisor de águas na minha prática pediátrica e nestes meus primeiros meses de maternidade! vale a pena a leitura, para fazermos um questionamento interno sobre os tratados de pediatria!
    adorei! um beijo! Silvia & Analu

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