ENTENDO MEUS PAIS

 Ontem,ao arrumar um armário com uns papéis antigos,encontrei uma caixa cheia de cartas e cartões antigos dentre os quais duas cartas  de minha (poeta) mamãe uma delas escrita quando nasci e outra na minha adolescência, ambas muito profundas.
  A primeira tratava-se de uma linda poesia de uma mãe que recebera uma filha depois de muitos anos... já cansada,porém feliz.
  A segunda,dizia coisas sobre preocupações de mãe com uma filha adolescente que provavelmente estava dando um pouco de trabalho, típico da adolescência e dentre muitas coisas,
mamãe escreveu que um dia eu entenderia toda a preocupação que ela e papai estavam tendo comigo e que tudo o que falavam e faziam era simplismente pelo fato de me amarem muito.Ao ler as cartas ontem,fiquei bem emocionada...parei para pensar em quantas eu vezes retruquei os ordens de meus pais ou questionei o porquê de certos "nãos" que ouvi em minha vida e lembrei-me de como dizemos não a quem amamos por querermos o seu bem.
   Na fase que ainda estou com minha filha,as correções e as preocupações são mais em relação a perigos que ocorrem sob nossos olhos,mas sei que logo eu não a terei mais sob os meus olhares em todo tempo e será necessário confiar nela e principalmente em um Deus que cuide dela e assim entendo melhor os meus pais que tanto se degastaram procurando o meu melhor.Graças a Deus,tudo deu certo e hoje estou aqui,dando continuidade àquilo o que aprendi com os eles que acima de tudo deixaram bons princípios.
  Entendo este amor incondicional:mesmo quando um filho deixa a desejar,eles continuam amando,querendo o melhor e se compadecendo.  
  Acredito também que existem pais que não demonstram ou não têm dentro de si este mesmo amor,esta mesma atitude...talvez porque ninguém possa dar aquilo o que não recebeu e cada um vem de uma realidade diferente.
  Mas sempre fui muito amada e as preocupações que tiveram comigo sei que um dia vou ter também...mas como já disse anteriormente,é necessário viver um passo de cada vez.