PAI PARTICIPATIVO

  Sempre achei que o Welson seria um bom pai.Hoje tenho certeza disso.
 Quando eu  observava o cuidado que ele tinha comigo,com seus pais,com seus pacientes e até com o nosso gato,achava que seria um disperdício que ele não fosse papai.
  O papel do pai na educação de uma criança,é de suma importância,esteja ele bem perto ou longe.Creio eu que perto é bem melhor.
  Tenho boas lembranças da minha infância.Nasci numa família preciosíssima,
sendo a sétima filha obviamente não programada,
  porém planejada por  Deus( pois acredito que ninguém nasce por um acidente,mas todos têm um propósito nesta terra).
  Meus pais,mesmo sendo mais velhos à minha chegada,nunca deixaram falhar o amor,o carinho,a companhia,cada um de sua forma.Minha mamãe,provavelmente já cansada e ainda trabalhando muito em toda a minha infância,nunca deixou de brincar comigo,cantar e contar muitas histórias(mamãe é uma ótima contadora de histórias).Em minha adolescência,mamãe frequentou até shows comigo(na época do Menudo,passamos um dia todo num estádio para assistir a um show que eu nem curti,pois tamanha emoção levou-me a chorar o show inteiro).Papai me traz boas lembranças,por sempre acordar mais cedo que eu e fazer aquele café de manhã com aroma incomparável todos os dias.Após isso, carinhosamente me levava à escola até chegar à faculdade ,na qual ingressei sem ainda ter carta da motorista.
  Acho que cada um tem sua parte no relacionamento com os filhos,nunca competindo mas sempre somando.Cada um tem um dom diferente e demonstra o seu amor das mais variadas formas.
  O Welson tem um carinho especial pela Rafaela e o seu jeito mais calmo,mais sereno faz com que ele seja o escolhido para fazê-la dormir.Ambos têm uma linguagem entre si que parece que é só deles e eu fico a admirar.A Rafaela tem também um grande carinho pelo pai.Também tem um grande respeito.Quando vai fazer algo que sabe que é errado já olha para ele para ver sua reação.
  Comigo a coisa é mais "folia".Sou uma pessoa bastante agitada,amo passear e fazer bagunça com ela...Dançamos juntas e rolamos no chão até a hora de ela ir dormir.Sempre lembrando também como corrigir,um pouco menos rígida que o pai.
  Quando tenho uma rotina de trabalho mais puxada,o pai assume tranquilamente o papel de cuidar da pequena,às vezes sozinho e às vezes com ajuda da avó .Gostando ou não, ele troca até as fraldas mais "complexas" e fico feliz ao ver que o que ocorre entre nós não é uma inversão de papéis e sim uma complementação das funções.Uma vez que a mulher hoje tem suas atividades extra-domiciliares,é bom poder contar com um pai participativo.
  E os momentos em que podemos estar todos juntos,são melhores ainda e fazemos o máximo para que seja um tempo de qualidade,curtido ao máximo, afinal,os anos passam muito rápido.
  E com isso quem sai ganhando é a criança que desfrutará de diferentes perfis,diferentes formas de amar.E um dia,poderá como eu,lembrar com carinho das características de cada um seja por histórias à beira da cama ou do delicioso cheirinho de café ao amanhecer.

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