VACINAR OU NÃO?

  Na mesma proporção em que surgem novas doenças,surgem também formas de preveni-las e de combatê-las.
  Quando pequenos,tivemos algumas doenças típicas da infância.Outras não tivemos por não termos tido contato,por defesa própria do nosso organismo e principalmente por termos sido devidamente vacinados.Lembro-me de ter tido poucas doenças na infância e nenhuma grave.Varicela,por exemplo,tive aos oito anos de idade e peguei de minha melhor amiga.A doença foi bem rápida e leve.
  O calendário vacinal em nossa época era bem menos extenso que o que temos hoje e isso traz muitas dúvidas aos pais,principalmente pelo fato de muitas vacinas terem começado recentemente a fazer parte das que são preconizadas pelo Ministério da Saúde.Há muito temor em relação às reações vacinais e não se pode negar que elas existem, mas geralmente são raras e benignas.O que vale então é usar do bom senso e lembrar que muito mais danoso é ter a doença,valendo o velho ditado que diz "Melhor prevenir que remediar".
  A Rafaela iniciou suas vacinas ainda no berçário,como ocorre na maioria das maternidades.Após isso,dei sequencia ao calendário vigente, optando também pelas vacinas que até então não faziam parte da rede pública como a vacina contra Pneumococo e Meningococo que previnem contra doenças com as quais eu,como pediatra tenho muito contato no meu dia-a-dia (meningites , pneumonias ,otites,etc).
  Estive,porém em dúvida quanto à vacina da varicela(catapora),uma vez que o "Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo( http://www.cve.saude.sp.gov.br) tem indicações bem precisas para essa vacinação.A varicela é uma doença geralmente benigna, viral, dura poucos dias,mas é altamente contagiosa.A vacina traz uma proteção de 90 a 95% contra casos graves.
  Trabalhando em ambiente altamente susceptível a infecções e assistindo a uma amostragem de pacientes que tiveram complicações advindas de uma simples varicela,ainda lembrando que estamos passando por um surto da doença,optei por realizar também esta vacina,mesmo que em clínica particular. 


 Segue calendário vacinal 2009,fonte:Ministério da Saúde
 http://portal.saude.gov.br/portal/saude/default.cfm
  
    





Ao nascer
BCG - ID
dose única
Formas graves de tuberculose
Vacina contra hepatite B (1)
1ª dose
Hepatite B
1 mês
Vacina contra hepatite B
2ª dose
Hepatite B
2 meses 
 Vacina tetravalente (DTP + Hib) (2) 1ª dose
Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b
VOP (vacina oral contra pólio)
1ª dose
Poliomielite (paralisia infantil)
VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano) (3)
1ª dose
Diarréia por Rotavírus

Vacina tetravalente (DTP + Hib)
2ª dose
Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b
4 meses
VOP (vacina oral contra pólio)
2ª dose
Poliomielite (paralisia infantil)
VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano)(4)
2ª dose
Diarréia por Rotavírus
6 meses

Vacina tetravalente (DTP + Hib)
3ª dose

Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b
VOP (vacina oral contra pólio)
3ª dose
Poliomielite (paralisia infantil)
Vacina contra hepatite B
3ª dose
Hepatite B
9 meses
Vacina contra febre amarela (5)
dose inicial
Febre amarela
12 meses
SRC (tríplice viral)
dose única
Sarampo, rubéola e caxumba
15 meses
VOP (vacina oral contra pólio)
reforço
Poliomielite (paralisia infantil)
DTP (tríplice bacteriana)
1º reforço
Difteria, tétano e coqueluche
4 - 6 anosDTP (tríplice bacteriana2º reforçoDifteria, tétano e coqueluche
SRC (tríplice viral)reforçoSarampo, rubéola e caxumba
10 anos
Vacina contra febre amarela
reforço
Febre amarela
(1) A primeira dose da vacina contra a hepatite B deve ser administrada na maternidade, nas primeiras 12 horas de vida do recém-nascido. O esquema básico se constitui de 03 (três) doses, com intervalos de 30 dias da primeira para a segunda dose e 180 dias da primeira para a terceira dose.(2) O esquema de vacinação atual é feito aos 2, 4 e 6 meses de idade com a vacina Tetravalente e dois reforços com a Tríplice Bacteriana (DTP). O primeiro reforço aos 15 meses e o segundo entre 4 e 6 anos.

(3) É possível administar a primeira dose da Vacina Oral de Rotavírus Humano a partir de 1 mês e 15 dias a 3 meses e 7 dias de idade (6 a 14 semanas de vida).
(4) É possível administrar a segunda dose da Vacina Oral de Rotavírus Humano a partir de 3 meses e 7 dias a 5 meses e 15 dias de idade (14 a 24 semanas de vida). O intervalo mínimo preconizado entre a primeira e a segunda dose é de 4 semanas.

(5) A vacina contra febre amarela está indicada para crianças a partir dos 09 meses de idade, que residam ou que irão viajar para área endêmica (estados: AP, TO, MA MT, MS, RO, AC, RR, AM, PA, GO e DF), área de transição (alguns municípios dos estados: PI, BA, MG, SP, PR, SC e RS) e área de risco potencial (alguns municípios dos estados BA, ES e MG). Se viajar para áreas de risco, vacinar contra Febre Amarela 10 (dez) dias antes da viagem. 
Calendário de Vacinação do Adolescente
Calendário de Vacinação do Adulto e do Idoso








  
  

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